Pequena África


Tendo o Cais do Valongo como um dos pontos centrais, a Zona Portuária do Rio de Janeiro ficou conhecida como “Pequena África” de 1850 a 1920. Lá é possível percorrer outros marcos da cultura afro-brasileira, como o Jardim Suspenso do Valongo, Largo do Depósito, Pedra do Sal, Centro Cultural José Bonifácio e Cemitério dos Pretos Novos

O principal ponto de entrada de negros escravizados no Rio de Janeiro, até meados do século XVIII, era onde hoje encontra-se o Paço Imperial, localizado na atual Praça XV de Novembro. Como o mesmo porto era utilizado pela aristocracia, o comércio de negros escravizados foi transferido para o Valongo, menos urbanizado até então.


A região portuária da cidade do Rio de Janeiro conhecida como “Pequena África” compreende locais como Largo de São Francisco da Prainha, Pedra do Sal, Morro da Conceição, Jardins Suspensos do Valongo, Centro Cultural Pequena África, Casa da Tia Ciata, Largo do Depósito, Armazém Docas Dom Pedro II, Cais do Valongo Centro Cultural José Bonifácio e Cemitério dos Pretos Novos e os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo.


Depois do fim do tráfico negreiro e da libertação, os negros se mantiveram trabalhando na região com ofícios como: barbeiros, curandeiros (por conhecerem ervas e beberagens no trato de doenças), artesãos, vendedores de verduras e frutas, doceiras e outras. E, apesar de as obras de revitalização e dos sucessivos projetos de embranquecimento da sociedade da cidade no decorrer dos anos, a zona portuária do Rio de Janeiro continuou como local de residência, circulação e encontros, inclusive religiosos, dos africanos que chegavam de outras partes do país, principalmente da Bahia, na Pequena África, à procura de trabalho e do sentido de comunidade.

A região portuária da cidade do Rio de Janeiro conhecida como “Pequena África” compreende locais como Largo de São Francisco da Prainha, Pedra do Sal, Morro da Conceição, Jardins Suspensos do Valongo, Centro Cultural Pequena África, Casa da Tia Ciata, Largo do Depósito, Armazém Docas Dom Pedro II, Cais do Valongo Centro Cultural José Bonifácio e Cemitério dos Pretos Novos e os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo. Durante as obras do Porto Maravilha e depois de mudanças urbanísticas, além da construção de grandes museus e da derrubada da Perimetral, moradores de outras regiões passaram a frequentar a região, sobretudo com a redescoberta do Cais do Valongo, em 2011. A partir de então, o roteiro turístico-cultural passou a ser reconhecido como Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana.